31.10.06

Departamento de Aquisições



Tentarei, pela segunda vez, vencer o desafio do National Novel Writing Month e escrever um romance de 50 mil palavras até o final de novembro. Em 2003, escrevi 10 mil antes de perceber que estava copiando um gibi aí e desistir.
A edição deste mês da revista Vida Simples tem uma matéria sobre tecnologia escrita por mim. Você tem a opção de comprar a revista ou ler no site e me mandar oferendas.

29.10.06

Um diretor de teatro mapeou os medos nova-iorquinos para criar casas assombradas.

26.10.06

Dia de Gibi Novo: Scott Pilgrim 1 , 2 e 3

Escrito e ilustrado por Bryan Lee O'Malley, Scott Pilgrim é a história em quadrinhos idiota mais inteligente e engraçada que li nos últimos anos. E, embora ninguém mais tenha descrito o gibi assim, muita gente concorda comigo.

O protagonista Scott Pilgrim é canadense, tem 23 anos, uma banda de rock e nenhum emprego. Nas suas muitas horas vagas, o nosso herói namora Knives Chau, uma colegial sino-canadense de 17 anos - com direito a uniforme e tudo. E tudo vai mais ou menos bem até que ele encontra Ramona Flowers, uma entregadora que usa os sonhos dele como atalhos.

Essa sinopse - que poderia ser usada para dezenas de filmes sobre os slackers dos anos 90 ignorando-se a parte dos sonhos - se desenrola de modo totalmente absurdo nas mãos de O'Malley, que dá à trama toque surreais. O primeiro e mais importante deles é substituir a previsível choradeira por uma estrutura roubada dos videogames. Para ficar com Ramona, Scott vai ter que derrotar os sete ex-namorados malvados dela. A tarefa não é fácil, mas Pilgrim é convenientemente o melhor lutador da província.

Referências musicais e aos videogames dos anos 90 abundam nessa releitura dos filmes adolescentes. O fantástico é que - assim como em Ranma 1/2 - o peso de existir é substituído por uma total superficialidade hipercinética. Os dramas dos personagens são tão caricaturais quanto suas paixões adolescentees são para você adulto. Mesmo quando O'Malley tenta - ou finge - dar alguma profundidade aos personagens, a palhaçada impera: os clichês são usados de forma tão intensa que não é possível levar Scott e seus dramas a sério.

Os desenhos colaboram para o efeito. Ao contrário da maioria dos mangá americanos, Scott Pilgrim não tem aquele ar polido ao extremo. Embora a técnica narrativa de O'Malley seja excelente, seus desenhos muitas vezes têm a vitalidade dos rascunhos de alguém que está se divertindo muito.

Scott Pilgrim é o primeiro gibi de um autor da minha geração que consegue agrupar as referências da sua infância e adolescência com ar progressista desprezando a nostalgia que costuma afligir escritores mais sério. Parece fácil, mas não é mole ser superficial.
"We couldn't keep our dog's addiction a secret any longer," Laura Mirsch says. "The neighbors all knew that Lady was a drug addict, and soon the other dogs weren't allowed to play with her."

24.10.06

If you can't write shit and need a memory book
Who ya gonna call (ghostwriters)
If you need a speech and you want look good
Who ya gonna call (ghostwriters)

Eu não entendo qual é o problema: basta dizer de quem é o livro que os muitos fãs de Pynchon vão comprar. O resto do mundo não vai se animar a ler o tijolo e todo munda fica feliz. (Uma das aparições dele em Os Simpsons está no YouTube)
Há muitas lendas urbanas relacionadas aos quadrinhos.
Five hundred years ago we had been whacked in the chops by an enormous technological shift, make no mistake. The social order hadn't been unthreaded quite yet, but it was about to be turned inside-out. Fifteen million books had been flung into a world where scholars would travel miles to visit a library stocked with twenty hand-written volumes. And it'd all happened in 42 years or a little more. Let's see if we can put that in perspective.
Eye Candy: Scarlett Johansson
Computador consertado, este blog volta às atividades normais.

17.10.06

Unfortunately, this brief biographical sketch might all too easily be extended to a large proportion of Arab intellectuals. Many of them are characterised by a carefully masked double standard. In their home countries they present themselves as guardians of traditional Arab values, but when writing in other languages for foreign audiences they express very different, more cosmopolitan views.

10.10.06

Neal Stephenson explica que, no ínicio, havia a linha de comando.

2.10.06

Star Trek pode ser mais revolucionário que a Revolução Francesa, mas é chato pra caralho.
Arte é moldura.
Terminei hoje um roteirinho para uma pequena história em quadrinhos que deve acompanhar uma matéria que fiz em uma revista da Abril. Se for aprovada, vai ser o meu primeiro roteiro que será de fato desenhado e publicado.

E vou receber por isso!